Dean
1 min readDec 4, 2019

ANOCHE SOÑÉ QUE ESTABAS AQUÍ

tua boca engolindo meus olhos agudos
por dentro - fúria adormecida
vejo uma história dos desejos que enrijecem o corpo
te dedico perversões secretas no escuro quando estou só
o silêncio entre as tragédias agradáveis
amadureci com tantos estalos nas vértebras
abaixo de mim o exoesqueleto se desfaz como os livros são desbravados
uma página de cada vez - é bom te ver disperso acima
jogado tal qual meu corpo no mundo
uma festa ébria te acompanhar
insustentável leveza de tudo aquilo que desmancha no ar
responsabilidade amadurecida i sóbria
assassinei os vigias das minhas represas
conto nos dedos as vezes que não colonizei ou fui invadido
tudo pode acabar amanhã de forma tranquila
não ficarei assustado se sentir o mesmo por outro

afinal não sinto medo do que sinto

Dean
Dean

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